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Blockchain, Bitcoins, Big Data. Novos termos que estão entre nós.

  • Gustavo Quariguazi
  • 27 de jun. de 2016
  • 4 min de leitura

As relações entre entidades, entre pessoas ou entre entidades e pessoas sempre foram alvos de mecanismos (necessários) para a manutenção das boas relações. Burocracias complexas surgiram ao longo da história da humanidade para preservar direitos e garantir o cumprimento de obrigações.


O mundo evolui, as relações evoluem, a cultura evolui e tudo mais que faz parte do universo que tange o relacionamento entre dois ou mais agentes. Logo, todas as coisas criadas e citadas anteriormente precisam evoluir para acompanhar estas mudanças.


Alguns conceitos relativamente novos surgem no mundo atendendo esta demanda e é necessário que nos aprofundemos no entendimento para compreendermos tudo o que está acontecendo e para onde estamos sendo levados. Esse entendimento é importante, pois através dele, podemos antecipar tendências, criar, nos posicionarmos e nos preparar de acordo com padrões que hoje ainda não existem em plenitude mas serão bem comuns em um futuro não muito distante.


É inegável que independente das mudanças que venham a surgir, a necessidade de sobrevivência acompanhará sempre a existência do ser humano e, enquanto não desenvolvemos (ainda) algo que substitua o Capitalismo, o dinheiro ainda será o grande responsável pelas relações entre 2 ou mais agentes (sejam eles, pessoas ou empresas). Até hoje, os bancos se encarregaram da gestão do dinheiro e já sofreram com a crise de relacionamento onde tiveram que se adaptar para atender e segmentar seu público. As facilidades que encontramos hoje no sistema bancário eram inimagináveis há 30 anos atrás por conta de uma série de fatores que não eram perceptíveis na época, ou não geravam impacto suficiente que motivasse uma mudança profunda.


Com a globalização e a abertura dos mercados, negócios são realizados em qualquer parte do mundo, sem fronteiras. É possível comprar um produto ou serviço que venha do outro lado do mundo de forma bastante simples. No entanto, o monopólio dos pagamentos ainda depende (ou dependia) dos bancos até agora.


Com a evolução destas relações, foi criado um sistema de moeda global e virtual chamada bitcoins. Sem querer aprofundar muito no que são os bitcoins, para nosso entendimento, basta saber que trata-se de uma moeda virtual global que pode ser transacionada em qualquer parte do mundo assim como as tradicionais moedas existentes. No entanto, não existe um banco que faça o gerenciamento, a aplicação ou o investimento dessa moeda. Ela é sua e somente você tem acesso a ela.


Indo um pouco mais fundo, evoluímos para o conceito blockchain. O Blockchain é um conjunto integrado que funciona como um sistema de gestão. É uma cadeia de informações onde cada bloco é responsável por uma atividade. Podemos dizer que é uma forma segura e criptografada onde cada agente desempenha um papel único. Se cada membro desempenhar seu papel de forma correta, o sistema flui perfeitamente e as transações se tornam rastreáveis e (por enquanto) à prova de falhas.


Você pode achar que esse universo de bitcoins trata apenas de mais uma "modinha" e que não terá vida longa. Pode ser que isso seja verdade, mas o que está em jogo aqui é algo muito mais importante do que isso. Se o sistema for aperfeiçoado e globalmente aceito e aplicado (mesmo que com outro nome ou em outros formatos) , ele pode ser a nova base da economia sem que haja a figura de instituições bancárias que antes monopolizavam todo o sistema financeiro e servem como base para o Capitalismo. Não que o Capitalismo vá deixar de existir. Ele simplesmente se tornará mais livre e fluido. As barreiras tenderão a ser derrubadas, as negociações facilitadas e quem sabe, um mundo onde não existam mais bancos ou que estes tenham suas funções drasticamente reduzidas.


Exemplificando o conceito de blockchain, funciona da seguinte maneira: No primeiro bloco, o consumidor faz seu pedido, realiza o pagamento através de bitcoins sem a interferência ou intermediação de nenhuma instituição financeira (dinheiro mais barato), os serviços de transporte seriam negociados e pagos da mesma forma pelo fornecedor (outro bloco), e terminaria no último bloco com a confirmação e autorização do pagamento. Tudo de forma segura, criptografada e sem interferência de nenhum agente externo. A empresa ou pessoa que recebe o bitcoin é a dona e responsável por ele e o utiliza para realizar outras transações (virtuais), fazendo o bitcoin girar. Tudo sem a necessidade de um cartão, dinheiro, etc.


Por último, vamos analisar o Big Data. Embora o nome tenha se popularizado nos últimos anos, o conceito não é novo. Nada mais é do que analisar os dados de consumo e com isso extrair o comportamento dos consumidores para oferecer produtos customizados e adequados às necessidades do consumidor, gerando assim uma fidelização e usando as informações para melhorar as operações do dia a dia evitando custos desnecessários com produtos que não geram o lucro esperado e aplicando mais esforços nos produtos rentáveis.


A aplicação do Big Data denota uma preocupação com o entendimento dos rumos do consumo. Uma preocupação com as tendências que vão sendo criadas de acordo com a evolução da cultura e dos hábitos das pessoas. O Big Data pode ser utilizado para qualquer finalidade desde que tenha as informações corretas e necessárias para as análises.


O fato de termos contato, mesmo que de forma bem superficial com esses termos, mostra que a sociedade vem mudando. Há um esforço real das empresas para se adaptarem, buscarem soluções cada vez mais competitivas e que há alternativas que deixarão de ser opções para se tornarem primeiras opções em breve.


O mundo está mudando. E você? Está preparado ou se preparando para isso?



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