Em alguns anos, você irá de um ponto a outro da Terra em apenas 4 horas

Gustavo Quariguazi
23 de mai. de 2016
2 min de leitura

Esqueça (quase) tudo aquilo que existe atualmente em termos de viagens e como elas são feitas. A tecnologia que será desenvolvida nos próximos 10 anos, fará com que em 2050 seja possível estar em qualquer ponto da Terra em apenas 4 horas.

Os aviões, como conhecemos hoje em dia, estão com os dias contados. O projeto, que se chama ZEHST (sigla em inglês para Transporte de alta velocidade e zero emissão) promete entregar uma velocidade 4 vezes maior do que a velocidade do som (Mach 4) e é coordenado pela EADS , fabricante europeu construtor do Airbus. O ZEHST é um avião supersônico mais rápido que o antigo concorde (MACH 2) e com emissão zero de CO2.

O ZEHST tem todos os ingredientes de uma grande obra de ficção científica: os motores funcionarão com biocombustíveis à base de algas e, uma vez em altitude, a aeronave terá motores parecidos com os de foguetes, que já não funcionarão com biocombustíveis, mas com hidrogênio e oxigênio, por serem fontes "limpas e emitirem apenas vapor de água", explicou Jean Botti, diretor geral de Tecnologia e Inovação do EADS.

Este avião deverá voar até os 32 km de altitude, enquanto uma aeronave tradicional não supera os 10 Km. Os assentos dos passageiros vão se movimentar para que não haja a impressão de estar numa montanha-russa. Outra vantagem do ZEHST é que "não polui, você estará na estratosfera, a contaminação será nula", reforçou Jean Botti. Para o pouso, o piloto desligará os motores e fará o planejamento antes de começar a descida, antes de pôr os motores clássicos para funcionar.

O protótipo do ZEHST estará pronto em 2020 e a previsão é quem em 2050 ele seja utilizado de forma comercial. A capacidade prevista é de 50 a 100 passageiros. Mais do que isso, a princípio, não seria suportado pela estrutura do avião que precisa ser leve para ser eficiente como proposto. Todas as tecnologias necessárias já estão desenvolvidas, como o motor (feito pela Astrium) e os combustíveis à base de algas.