Os curativos inteligentes
- Gustavo Quariguazi
- 3 de mai. de 2016
- 2 min de leitura
Os curativos são recursos amplamente difundidos ao longo da história para preservar e curar tecidos que foram lesionados. Seja nas guerras ou em acidentes domésticos, com certeza o conhecimento e aplicação de curativos já ajudou a salvar muitas vidas. Caso a versão comercial destes curativos venham a ser comercializadas, o primeiro benefício percebido será a redução da necessidade de troca do curativo evitando assim o aumento dos riscos de infecções.
A tecnologia não pára e agora chegou a vez dos curativos terem sua revolução tão esperada. O potencial desse "simples", porém eficaz recurso pode e será ampliado com as novas descobertas que podem ser aplicadas a ele. O projeto do curativo inteligente conta com verbas do MIT e de Harvard como iniciativa para barateamento de tratamentos médicos. A previsão é de que uma versão comercial deste produto já esteja disponível para venda em 2017.
Os curativos contam com sensores que monitoram temperatura, PH e oxigênio da ferida e agem caso algum indicador apresente uma alteração significativa. O curativo conta com um recipiente preparado que armazena remédio e se aquece de forma a tornar as partículas do remédio menores e de mais fácil absorção para a ferida.
Este curativo também possui a habilidade de se comunicar com sistemas eletrônicos como computadores e/ou smartphones e caso haja alguma reação inesperada, como o desenvolvimento de bactérias, o médico poderá ser acionado para controlar remotamente a liberação de mais medicamentos para conter a infecção.
Outro curativo desenvolvido por Toby Jenkins na Universidade de Bath, no Reino Unido, é capaz de brilhar ao ter contato com uma colônia de bactérias. Talvez você não o use ao ralar um joelho, mas seu desenvolvimento foi pensado para os casos pós cirúrgicos, onde mesmo com todas as medidas de higiene tomadas, pode haver a proliferação descontrolada de bactérias. Ainda serão necessários alguns anos de testes para a ampla utilização deste curativo.
A parte mais interessante é que, em lesões extensas, o curativo pode ajudar o médico a encontrar mais facilmente o ponto inicial da proliferação. Toda ferida tem atividade bacteriana, mas o sistema imunológico consegue controlá-la. A coisa começa a ficar séria quando as bactérias formam uma espécie de biofilme para viver, uma substância viscosa formada por proteínas, ácidos nucléicos e açúcares complexos. É justamente na presença desse biofilme que o curativo
reage.
A proposta é simples e menos tecnológica do que a do primeiro curativo. O brilho do curativo sinaliza a necessidade do uso de antibióticos. O paciente deverá procurar um médico ou se medicar com remédios previamente estabelecidos.

As inovações na área de bio medicina são as áreas tecnológicas mais promissoras para desenvolvimento de novas tecnologias. Tornar a vida das pessoas melhor é uma busca incessante por grande parte dos cientistas e todos nós somos beneficiados mais cedo ou mais tarde com estas descobertas.
Fontes:
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150224_gch_curativo_inteligente_fn
https://tecnoblog.net/187090/curativo-fluorescente-bacterias/
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